Há quase dois anos conheci duas pessoas. Fizemos amizade muito rápido, tipo do nada. Pensava que eram uma das pessoas mais incríveis desse planeta. Às vezes costumava tentar pensar como seria minha vida sem elas, mas sempre vinham coisas monótonas e chatas. Pensava que meu dia sem elas seria cinza, sem cor, sem graça. Pelo visto, só eu pensava isso. Pensava que o mesmo sentimento de irmandade que eu tinha para com elas era recíproco. Adivinhem. Não era! Ou podia ser, mas há algum tempo já estava desgastado e a minha presença não fazia mais tanta importância como antes. Comecei a perceber mudanças em seus comportamentos comigo. Pensava que eu havia feito algo de errado. Daí eu ia e falava: "Aconteceu alguma coisa que eu fiz e vocês não gostaram?" E sim, sempre havia algo. Isso começou a ocorrer sempre, e eu sempre ia atrás delas, perguntar o que eu havia feito. Comecei a perceber que o problema não estava só em mim. Eu era a única responsável por manter nossa "amizade" sustentada. Eu era a única que fazia esforço para as coisas funcionarem. Comecei a ficar exausta. Qualquer coisa que eu dizia era motivo de brigas e críticas, como se eu fosse o ser humano mais lamentável desse mundo. Parei e pensei: "opa, tem alguma coisa errada aí, amiguinhas". Certo dia, cheguei na escola e percebi que o clima não estava bem entre nós. Tentei ser amigável, feliz. E daí: BUM! Do nada alguma delas se irrita com um gesto simples que eu fiz: peguei o livro que estava em sua mesa para dar uma olhada. Só. Não falei mais nada, fiquei triste, pensando o que havia de errado entre nós. Depois de ter passado o intervalo, perguntei se havia algo de errado. Ela respondeu que não e magicamente ela ficou feliz novamente. Como se nada houvesse ocorrido. Desabafei com uma amiga, sabia que ela me entenderia e que me ajudaria de alguma forma. Percebi, de fato, que o problema realmente não era eu. Resolvi me afastar, dar um tempo, pensar. Mandavam mensagens pelo whatsapp para mim (apesar de eu não gostar dessa rede) e eu respondia. Sim, estava sendo seca, mas precisava de um tempo, precisava saber como ela iria reagir ao jeito como ela falava comigo. Ela explodiu. Me chamou de grossa, ignorante. Não queria discutir, mas não haviam outros meios de resolver isso tudo. Ela falava, eu respondia. Calmamente. As lágrimas ameaçavam querer começar a sair, mas fui forte e decidi que não iria deixar isso acontecer. Continuei. Acabou que acho que não há mais amizade. Da minha parte não há ressentimentos. Acho que o tempo que passamos foi necessário para meu amadurecimento. Aprendi várias coisas, mudei para melhor. Mas um ser muito sábio disse que amizade é que nem namoro. Em todas as partes envolvidas, tem que ter uma responsabilidade para que a relação dê certo. Bem, não deu certo dessa vez, mas de outras dará. Esse tipo de coisa acontece para o nosso bem. Tudo que é tirado de nós, é sinal de que vem algo melhor para compensar. Não direi que simplesmente parei de gostar das pessoas, pois isso não aconteceu, mas também sinto que o laço que existia entre nós três não pode mais ser feito. O laço que nos unia se desfez e foi picotado em vários pedacinho pequenos, sendo assim, nunca mais capazes de se juntarem novamente. Pode ser que um dia o destino queira nos juntar novamente, mas da minha parte, eu não quero. Decisões foram tomadas, não se pode voltar para trás. Estou triste, mas feliz por saber que em minha vida as pessoas falsas não têm vez. A tendência agora é só melhorar. Em breve ficarei bem melhor do que já estou. Minha vida não precisa de ninguém para ser colorida e radiante. Os amigos que permanecem ao meu lado, independente de qualquer coisa, já basta, mesmo que sejam poucos. A quantidade não importa, o que importa é a qualidade. Agradeço a cada segundo que passei ao lado dessa pessoas. Elas foram sim, importantes para o meu crescimento ao longo desse ano. Estou bem, e a tendência é só melhorar.

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